O reconhecimento do diabetes tipo 1 (DM1) como uma deficiência é um tema que tem ganhado espaço nas discussões, principalmente agora que já está no Senado Federal. Em Governador Valadares, realizamos uma audiência pública para falar sobre os desafios enfrentados por quem vive com essa condição e também sobre o que pode ser feito para melhorar sua qualidade de vida. Esse diálogo mostrou que essa questão vai muito além da saúde, pois trata-se também de direitos e dignidade.
O diabetes tipo 1 não tem relação alguma com o estilo de vida de quem a possui. Ela não surge por maus hábitos alimentares ou sedentarismo, pois é uma doença autoimune. Ou seja, o DM1 pode surgir em qualquer pessoa, em qualquer idade. As pessoas que possuem essa doença precisam de insulina todos os dias, de estar sempre medindo a glicose e de ter uma rotina de muitos cuidados para evitar complicações mais graves. Ainda assim, muitas delas têm dificuldade em acessar os tratamentos, especialmente no sistema público de saúde.
Hoje, dia 3 de dezembro de 2024, o Senado discute um projeto de lei que propõe considerar o DM1 como uma deficiência. Mas o que isso significa? Primeiramente, temos de lembrar que essa classificação não é para rotular ou limitar essas pessoas, muito pelo contrário. A discussão é exatamente para garantir direitos como, por exemplo, adaptações no trabalho, prioridade em filas de emprego, e acesso a medicamentos essenciais com uma maior facilidade. Em resumo, seria uma forma de apoiar quem enfrenta as barreiras impostas pela doença.
Algumas pessoas questionam se o DM1 deve mesmo ser considerado uma deficiência, pois muitos conseguem levar uma vida normal com tratamento. Sim, é verdade que se consegue levar uma vida “normal” com a DM1, mas não podemos esquecer que, para muitas famílias, falta acesso a insumos básicos, essenciais para uma boa qualidade de vida. O objetivo desse projeto é justamente garantir que todos tenham as mesmas oportunidades, é sobre inclusão e dignidade.
Reconhecer o DM1 como deficiência não tira a capacidade das pessoas de trabalhar ou estudar, essa nunca foi a questão. Na realidade, ao termos esse reconhecimento, damos a essas pessoas mais condições de viver bem e com dignidade. Essa é uma luta por justiça, por um país mais inclusivo, onde todos tenham a chance de superar os desafios que a vida nos coloca pelo caminho. É sobre garantir a saúde, direitos e respeito de quem vive com o diabetes tipo 1.
Para mais informações, entre em contato com o gabinete do vereador Jamir Calili através do e-mail jamir@jamircalili.com.br ou do WhatsApp 33988794346.
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